quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Personalidade, Emoção e Neurociência.

Personalidade, Emoção e Neurociência.

No estudo da psicologia do esporte é notória a presenção de estados emocionais diversos na atividade humana da práxis de jovens atletas e experts nas mais variadas modalidades esportivas. Os comportamentos exteriorizados dos indivíduos em fases pré-competitiva, competitiva e pós competitiva são diversos podendo estes serem positivos ou negativos de acordo com o ambiente envolvido, consequências após o emprego de ações diretas na atividade (sucesso ou fracasso), o confronto das expectativas prévias, etc.
 A neurociência, segundo João de Fernandes Teixeira ( 2005, p.9) em seu ensaio filosófico Filosofia da mente: neurociência, cognição e comportamento revela que tal “(...) é o estudo científico da mente e do seu papel na produção do comportamento inteligente, isto é, comportamento propositado e orientado para um alvo.”
O esporte de alto rendimento, cada vez mais estudado `a luz das ciências do esporte tem no tocante dual de vitória x derrota, o estudo da complexidade do desporto como critério inicial de discussão acerca do resultado final de uma partida. Ainda, de forma mais minuciosa, uma comissão técnica orientada pelo trabalho multidisciplinar, fragmenta o jogo em porções fractais e discorre sobre análises das situções-problemas do jogo sob a luz da complexidade e reducionismo, enxergando assim as esferas táticas, técnicas, emocionais, físicas e os processos cognitivos atuantes no momento da resolução dos problemas.
Sendo o ato tático promovido pelo atleta em atividade, um ato percepto-cognitivo-motor, este é sempre intencional e ativo. Dessa forma, possui objetivos claros a serem atingidos de acordo com o tratamento dos processos cognitivos atuantes, ora, inteligentes, que podem ser alterados por meio das emoções inerentes ao ser humano, como cita Samulsky ( 2009, p.213) “ as emoções exercem duas funções básicas: a função de organizar, orientar e controlar as ações (....) e  a função energética e de ativação.”
A personalidade, formada desde a infância, é tida como um conjunto de características que cada indivíduo traz consigo desde o seu nascimento como um o preenchimento de uma folha em branco na convivências das várias esferas sociais com alguma base genética.
Nos esportes a relação entre personalidade, emoção e neurociência dá-se na possibilidade de alteração do comportamento inteligente “emocionalmente”. É possível por meio do treinamento mental nos esportes, alterar as características peculiares de cada atleta visto que a forma de atuar no ambiente desportivo de depende diretamente de  como o mesmo percebe e entende  o contexto e seu papel,  que como cita Takase (2011, p.06) necessita-se de

(...) uma melhor compreensão do cérebro nas diversas situações de tarefas cognitivas e emocionais, auxiliando os pesquisadores a construir novas alternativas no treinamento/desenvolvimento das habilidades físicas e psicológicas, a fim de melhorar a performance e o equilíbrio mente-corpo das pessoas.
Os psicólogos do esporte e exercício a médio prazo serão influenciados e motivados a introduzir a NCC nos seus trabalhos e disciplinas porque: a) na maioria das modalidades esportivas, a competitividade está sendo decidida cada vez mais pelo lado mental; b) no desenvolvimento físico e psicológico das crianças, o enfoque em neurociências é fundamental na educação e c) na área da saúde, quanto mais cedo introduzirmos o trabalho mental à atividade física, melhores serão os benefícios a longo prazo.


Referências Bibliográficas

TEIXEIRA, João Fernandes de. Filosofia da Mente: neurociência, cognição e comportamento. São Carlos: Claraluz, 2005.

SAMULSKY, Dietmar. Psicologia do Esporte: conceitos e novas perspectivas. Manole: São Paulo, 2009.

TAKASE, Emílio. Neurociência do Esporte e do Exercício. Disponível em: << http://www.educacaocerebral.com/takase.pdf>> Acesso em: 08.dez.2011.

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