segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Coaching no Esporte: ferramenta gerencial aplicada ao Esporte.


Coaching no Esporte: ferramentas gerenciais aplicadas ao Esporte no auxílio ao desenvolvimento pessoal e profissional de atletas.

Em tempos de extrema competitividade tanto no mundo dos negócios quanto em outras áreas da sociedade, ferramentas aplicadas ao mundo gerencial estão sendo importadas para grupos esportivos com o objetivo de gerenciar pessoas afim de que alcancem a máxima performance possível no maior período de tempo gerando assim vantagens competitivas para si e para a equipe a qual pertence.
De acordo com a especialista em Recursos Humanos Ane Araújo “ Coaching é mais do que treinamento, o coach (líder) permanece com a pessoa até o momento em que ela atingir o resultado. É dar poder para que a pessoa produza, para que suas intenções se transformem em ações que, por sua vez, se traduzam em resultados.
O trabalho de um coach,. Segmento da psicologia e por sua da psicologia esportiva traz a uma comissão técnica desportiva, mas uma área que se integra e complementa o trabalho de treinadores, preparadores físicos, fisiologistas, fisioterapeutas, supervisores, psicólogos e  outros que venham a participar do planejamento da equipe na temporada desportiva.
O coach, termo inglês, que significa treinador, vem do mundo dos esportes. Muito aplicados nos mundos negócios as ferramentas de desenvolvimento pessoal e profissional (coaching) de atletas e comissão técnica envolve segundo Gustavo D’Avila “(...) um profissional com formação sólida, utilizando técnicas e ferramentas testadas e aprovadas para promover e sustentar mudanças positivas, visando ampliar a performance humana, seja em sua carreira ou em sua vida pessoal”. A tabela abaixo demonstra benefícios para atletas, técnicos, líderes e negócios:


Tabela 1: Benefícios do Coaching nos Esportes

Atletas
Técnicos e Líderes
Negócios
Aumento da Performance
Melhorar o relacionamento interpessoal
Estabelece uma atmosfera de confiança
Controle Emocional
Aumenta relação de confiança
Alinhamento em todos os níveis estratégicos, conforme missão, visão e valores
Concentração
Agrega novas competências de liderança
Fortalece o pilar da comunicação
Aprendizado e melhoria Contínua
Autoconsciência
Avaliação dos processos empresariais
Capacidade de recuperação
Autodisciplina
Promove avaliação e medição
Relacionamentos de Excelência
Motivação
Define claramente futuro desejado, entendendo o core business

Empatia


Habilidade Social


Fonte: Gustavo D’Avila


Em equipes de estrutura de pessoas enxuta, cabe ao treinador, o coach embrionário, o gerenciamento de sua equipe, mas nobre arte da gerencia de pessoas dentro de uma organização complexa, instável e quase que sempre atuando sobre pressão de variadas fontes – sociais, familiares, direção, companheiros, torcedores.

Segundo Bruno Camarão “ é necessário conhecer o ser humano que atinge as metas. Nós não conduzimos a meta por si só, mas gerência das pessoas que as atingem. Quanto mais confiante, apto e predisposto ele estiver, melhor o rendimento. E isso vale para todo ambiente, inclusive o futebol”.

Em uma pesquisa realizada no mundo dos negócios funcionários listaram o que desejavam no cotidiano de sua atividade profissional. Segundo Bruno Camarão “(...) aparecia “ser reconhecido”, seguido de “atitude compreensiva” e de “sentir-se participativo”. Esses três itens eram os últimos na linha de avaliação dos gerentes.”
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ARAUJO, Ane. Coaching: um compromisso com resultados e realização. Disponível em <http://www.guiarh.com.br/PAGINA22D.htm> Acesso em: 28. Nov.2011.
CAMARÃO, Bruno. José Luiz Tavares, coach desportivo: Educador físico com especialidade em Psicologia do Esporte fala sobre função e o trabalho no Figueirense. Disponível em: << http://www.universidadedofutebol.com.br/Imprimir.aspx?id=10808&type=6>> Acessado em: 27. Nov. 2011.
D’AVILA, Gustavo. Coaching e esporte: uma parceria de sucesso: A importância e os avanços que o conceito de coaching esportivo podem realizar para a profissionalização do desporto.Disponível em: << http://www.universidadedofutebol.com.br/Artigos/2011/03/1,14972,COACHING+E+ESPORTE+UMA+PARCERIA+DE+SUCESSO.aspx?p=4>>




quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Futsal: Intoxicação Técnica

Futsal: Intoxicação Técnica

A modalidade de futsal por ser tão praticada no Brasil e na sua forma jogada ser de aspectos motores comuns ao futebol vem tendo um crescimento contínuo e vertiginoso de espectadores e investidores, os quais o tornam cada vez mais qualificado quando estes despendem seus recursos financeiros na contratação de profissionais (jogadores e comissão técnica) de maior qualidades e preparação. Percebe-se atualmente, em virtude da dinâmica econômica mundial a volta de atletas brasileiros que trabalhavam no mercado europeu, sabidamente Espanha, Portugal e Itália, migrando para outros mercados em destaque o retornando ao seu país de origem, tornando as competições mais qualificadas, trazendo conhecimento diversos das diversas áreas do desporto coletivo apresentados no mercado europeu.
Ainda que haja um verdadeiro avanço de qualidade dos profissionais envolvidos no processo de treinamento da modalidade, sejam estes jogadores e comissão técnica, é vagaroso e pequeno e o volume de estudos centrados na modalidade de futsal no Brasil que somado a ausência de eventos que possibilitem a troca de conhecimentos acerca das esferas constituintes da modalidade, permanece restrito a um pequeno número de pessoas, dificultando o crescimento qualitativo da modalidade esportiva como visto em países europeus e outras  modalidades. Souza 2002, Barbero 2002, citado por Braz (2006, p. 13) esclarece que “(...) apesar de integrado no conjunto das modalidades que constituem os JDC, o Futsal ainda não possui lugar de destaque na pesquisa científica, ao invés do Futebol, Basquetebol, Andebol, Voleibol.”
Visto, por muitos anos, como futebol de dimensões reduzidas por existir constrangimentos de tempo e espaço, a modalidade adquire por algum tempo um caráter reducionista em todas as suas esferas profissionais, centrando no treinamento com bola, executado pelos treinadores uma exacerbação da execução técnica perfeita na sua práxis e modelação de treino.
O mecanicismo presente nas aulas de educação física, oriunda das escolas militaristas historicamente implantadas no Brasil, forjou profissionais e atletas orientados ao engessamento de sua criatividade e anulação de sua racionalização sobre o jogo e seus intervenientes constantes. A intoxicação técnica no ensino do jogo, como cita BRAZ (2006, p.14) promovida pelos agentes pedagógicos do treino, a falta de intercâmbio de conhecimentos teóricos e práticos, a quase ausência de estudos superiores no Brasil realizados sobre a complexidade da modalidade e o sobre o grande tema Jogos Desportivos Coletivos, fez com que o nível técnico dos atletas no Brasil aumentasse, a qualidade dos jogos decaíssem, e as seleções fossem povoadas por atletas que atuam fora do Brasil devido estarem cotidianamente inseridos em um ambiente de treino complexo e dotado de situações que os tornem capaz de resolver os problemas do jogo.
O selecionador espanhol Lozano Cid, considerado um dos melhores treinadores de futsal do mundo referindo aos jogadores espanhóis cita que “(...) os jogadores espanhóis usam a cabeça durante o tempo todo e raramente apresentam as mesmas soluções – nem que se encontrem em situações similares” e ratifica seu pensamento quando afirma que “ (...) o controlo da bola é importante mas tomar decisões de forma rápida é mais importante”.