segunda-feira, 13 de junho de 2011

Behaviorismo e Esporte

Behaviorismo e Esporte


No cotidiano do treinamento desportivo há muito tempo vê-se um direcionamento das atividades da práxis pedagógica alinhadas ao dualismo estímulo-resposta proposta por Skinner e sua teoria Behaviorista no escopo de moldar comportamentos táticos definidos pelo treinador.
O ato pedagógico cotidiano na busca do desenvolvimento de padrões de comportamento coletivo, o modelo de jogo do treinador, por muitos anos foi influenciado pela forma destes conceber o Ser Humano e a Educação Física como ciência pautada no mecanicismo e absorção de conceitos sociais logo transmitidos a atletas por meio de uma tênue película que separaria o modus vivendi esportivo e a sociedade servil histórica.
Ao conceber o Ser Humano, neste caso o atleta, como sendo incapaz de pensar sobre sua existência, um ser a-histórico em suas vivências esportivas desprezando sua capacidade de conhecimentos (declarativos e procedimentais) adquiridos em suas trajetórias, uma relação interpessoal centrada na subserviência colonial de nossa cultura social, um sujeito ausente de linguagem e manifestação, enfim um reprodutor de mecanismos impostos como únicos verdadeiros, a utilização da modelagem do comportamento por meio de utilização de técnicas de reforço e punições adéqua-se a este cenário.
A Educação Física, ciência a qual abarca o esporte, por muitas décadas centrou-se em conceitos militares para educação do corpo destituído de qualquer ligação com mente, portanto preocupar-se apenas com o corpo era o cerne do desenvolvimento humano.
A necessidade de treinadores ter o domínio completo do comportamento coletivo dos atletas (visto aqui como a soma dos comportamentos individuais) dentro de seus ambientes desportivos (quadras, ginásios, piscinas, etc...) principalmente em desportivos coletivos remete a estes a aplicação do modelos Behaviorista como único verdadeiro em suas ações práticas cotidianas.

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